O papel da comunicação no controle das endemias e pandemias esteve em foco, pela primeira vez, na décima edição da Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi), promovida pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, em novembro de 2010. O tema da comunicação deu título à conferência magna de abertura do evento, a uma das categorias da mostra competitiva — que premiou ao todo 16 experiências brasileiras bem-sucedidas no campo da vigilância, entre comunicações orais e pôsteres —, e pautou o painel que discutiu a cobertura da mídia a respeito da pandemia de influenza H1N1. “A comunicação é um dos elementos mais poderosos para a vigilância em saúde”, salientou o então secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Penna.
Na conferência magna, o chefe da Assessoria de Comunicação Social do ministério, Marcier Trombiere, observou que são desafios dos profissionais de comunicação que atuam na área da saúde fazer com que a informação chegue à população sem distorções ou ruídos, em sintonia com técnicos e profissionais, e gerenciar crises nos casos de epidemias e pandemias, no que diz respeito à mídia. O trabalho de gerenciamento de crise relaciona-se, sobretudo, à vigilância constante da internet: “73% dos jornalistas baseiam-se nas notícias ali veiculadas em tempo real”, justificou. No caso da pandemia de H1N1, em defesa da informação correta, foi montado plano de comunicação que contabilizou mais de 80 mil e-mails, participações em redes sociais, parceria com o O Globo online, além de intervenções em várias mídias e de entrevistas concedidas por Gerson Penna e pelo então ministro da Saúde, José Gomes Temporão (Radis 99). “Fazer uma comunicação voltada para a crise pressupõe falar diretamente à população”, ensinou.
Maiores informações em: http://www4.ensp.fiocruz.br/radis/102/02.html
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